Data: 01-10-2012
Criterio:
Avaliador: Daniel Maurenza de Oliveira
Revisor: Tainan Messina
Analista(s) de Dados: CNCFlora
Analista(s) SIG:
Especialista(s):
Justificativa
P. aracensis é uma arbórea conhecida em 2 localidades do Amazonas, em áreas bem preservadas e com alta dificuldade de acesso. Tendo coleta botânica recente (2003) é possível inferir que a população não esta em declínio. Assim, não há ameaças incidentes que possam colocar a espécie em risco de extinção.
Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.
Nome válido: Podocarpus aracensis Laubenf. & Silba;
Família: Podocarpaceae
A espécie é similar a Podocarpus buchholzii, entretanto apresenta escamas rudimentares maiores e folhas mais compridas e estreitas do que ovais (De Laubenfels; Siba, 1988).
Ocorre na Venezuela e Brasil, no estado do Amazonas (De Laubenfels; Siba, 1988).
Arvoreta perene, que habita florestas nebulares às margens de cursos de água e campos rupestres. Fértil de janeiro a julho e polinizado pelo vento(De Laubenfels; Siba, 1988).
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes
Em 2003, a área de floresta desmatada na Amazônia brasileira alcançou 648,5 x 10³ km2 (16,2% dos 4 x1.000.000 km2 da floresta original da Amazônia Legal, que é de 5 x 1.000.000 km2), incluindo, aproximadamente, 100 x 1.000 km2 de desmatamento antigo (pré-1970) no Pará e no Maranhão. O índice atual (2010 - 2011) de desmatamento aponta uma área de 5.692.207 km². Atualmente, o avanço das plantações de soja na região apresenta-se como a maior ameaça, com seu estímulo para o investimento maciço do governo em infra-estrutura, como hidrovias, ferrovias e rodovias. As estradas para retirada de madeira, especialmente para extração de mogno, precedem e acompanham as rodovias, tornando as fronteiras acessíveis para o investimento dos lucros do comércio da madeira em plantações de soja e fazendas para a criação de gado. A extração da madeira aumenta a inflamabilidade da floresta, levando às queimadas do sub-bosque que colocam em movimento um ciclo vicioso de mortalidade de árvores, aumento da carga de combustível, reentrada do fogo e, por fim, destruição total da floresta. As bases de muitas árvores são queimadas à medida que o fogo se prolonga. As árvores da floresta amazônica não são adaptadas ao fogo e a mortalidade a partir de uma primeira queimada fornece o combustível e a aridez necessários para fazer as queimadas subseqüentes muito mais desastrosas. A temperatura alcançada e a altura das chamas na segunda queimada são, significativamente, maiores que na primeira, matando muitas outras árvores. O impacto do corte de espécies de baixa densidade e comercialmente valiosas é, freqüentemente, subestimado. O processo de corte seletivo resulta em um prejuízo de quase duas vezes o volume de árvores que estão sendo removidas. Devido ao fato de muitas árvores menores serem mortas, o efeito sobre os indivíduos é ainda maior (Fearnside, 2005).
1.2.1.1 International level
Situação: on going
Observações: A espécie foi categorizada como LR/LC na Lista Vermelha da IUCN 2012.1 (IUCN, 2012).
- DE LAUBENFELS, D. J., & SILBA, J. Notes on Asian and Trans-Pacific Podocarpaceae, II. Phytologia, v. 65, n. 5, p. 329-332, 1988.
- FEARNSIDE, P.M. Desmatamento na Amazônia brasileira: história, índices e conseqüências. Megadiversidade, v. 1, n. 1, 2005.
- IUCN RED LIST OF THREATENED SPECIES. Podocarpus aracensis, 2012.
CNCFlora. Podocarpus aracensis in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora.
Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Podocarpus aracensis
>. Acesso em .
Última edição por CNCFlora em 01/10/2012 - 18:45:17